15/12/2011 ZH
Os deputados decidiram adiar para o ano que vem a decisão sobre a proposta que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos.
A intenção do Planalto era garantir a votação da proposta ontem. Para isso, a presidente havia aceitado, inclusive, aumentar o percentual a ser depositado pelo Tesouro no fundo. Se aprovada a proposta, a aposentadoria máxima paga pela União para futuros servidores será o teto do INSS (R$ 3.691,74).
O adiamento desagradou à equipe econômica. O Planalto tem pressa por conta do déficit na previdência pública. Em 2010, o rombo foi de R$ 51 bilhões.
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que optou por adiar a votação por conta da estratégia da oposição de obstruir os trabalhos. Mesmo o PDT, integrante da base aliada, também é contra a proposta.
Com isso, o Planalto deve ter um final de ano mais tranquilo. Hoje, Dilma retoma a agenda ao receber em audiência, às 10h, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.
Segundo assessores, Dilma planeja descansar nas próximas semanas. Ela deve tirar alguns dias de folga após o Natal. As férias podem se estender por duas semanas, até o início de janeiro. A expectativa é de que ela viaje para uma praia da Bahia.