14/09/2011 O GLOBO
BRASÍLIA. O clima esquentou ontem em torno das negociações sobre os royalties. O Rio não teria ficado satisfeito com o que o governo federal estava disposto a conceder, e a presidente Dilma Rousseff teria determinado que algumas contas fossem refeitas. Uma das orientações é que União não tenha de pagar a conta sozinha, segundo indicou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
- A União tem um cofrinho só, não é bom abusar - afirmou a ministra.
A ideia é mostrar hoje um "desenho de proposta", segundo interlocutores, aos líderes políticos na grande reunião que acontecerá no Palácio do Planalto. Esta será comandada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi incumbido pela presidente de costurar o acordo. Participam do encontro também os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, da Casa Civil, Gleisi Hoffman, entre outros.
Arredondada a proposta, os líderes devem apresentá-la a suas bancadas, de modo que se possa bater o martelo até a semana que vem.
Ao sair de uma reunião na noite de ontem, no Ministério da Fazenda, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a proposta de retroatividade na cobrança da Participação Especial para os campos do regime de concessão altera os contratos.
- A Petrobras seria obrigada a entrar na Justiça. (A mudança) viola contratos perfeitos e concluídos - afirmou Gabrielli.