22/07/2011 ZH
Há sete meses no poder, o governo Tarso Genro ensaia sua primeira mudança de secretariado.
Embora ainda não seja confirmada, a provável indicação do secretário-geral Estilac Xavier pela Assembleia para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado deflagrou uma corrida entre as correntes do PT para definir quem irá substituí-lo no governo.
Uma das mais mobilizadas é o chamado “novo grupo”, surgido no final do ano passado.Integrada pela líder do governo na Assembleia, Miriam Marroni, é a única sem representação no primeiro escalão.
Para reequilibrar as forças, uma das ideias em discussão dentro do PT seria a nomeação de Miriam para o secretariado. Mas não necessariamente na secretaria-geral. Um dos cenários cogitados é a migração do titular do Planejamento, João Motta, para a Secretaria-Geral, deixando com a atual líder do governo o comando de sua pasta.
E quem assumiria o lugar de Miriam na Assembleia? Petistas influentes dizem que a vaga poderia ser ocupada a partir do ano que vem por Adão Villaverde, já que seu mandato como presidente da Casa se encerra em janeiro. Desta forma, seria uma maneira também de garantir um posto de destaque para Villaverde depois de ele deixar o cargo.
Miriam confirma que seu grupo almeja ter mais espaço no governo, “assim como outras correntes”, mas nega que seu nome esteja cotado.
– Estamos discutindo essa recomposição ao apoiar o Estilac para o Tribunal de Contas, mas não tem nenhuma definição. Estou muito bem e tenho uma missão na Assembleia. Meu nome não está sendo cotado para nenhuma secretaria. Estamos respeitando esse debate conjunto – diz.
Seja como for, ainda vai demorar um tempo para que as mudanças se concretizem. Como a vaga da Assembleia só abre em setembro e a indicação pode se postergar por alguns meses, haverá tempo para ajustar todas as peças no tabuleiro.
LETICIA DUARTE