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07/04/2009 O ESTADO DE SÃO PAULO
Lula quer ajudar prefeituras e Estados que estão 'no sufoco'
RIO DE JANEIRO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir esta semana com ministros para tomar medidas que evitem problemas nos orçamentos de prefeituras e Estados, após uma série de reduções de impostos promovida pelo governo federal que comprometeram os repasses.
Ele disse que durante a viagem para reuniões do G-20, terminada no final de semana, pediu para o presidente interino José Alencar se reunir com a ministra da Casa Chefe, Dilma Rousseff, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para encontrar saídas que devem ser anunciadas em breve.
"Eu estava viajando e pedi para o Alencar fazer uma reunião com ministros, com a companheira Dilma, o companheiro Paulo Bernardo para a gente estudar uma saída para as prefeituras brasileiras e possivelmente para alguns Estados que estão mais no sufoco", afirmou Lula em discurso na cidade de Montes Claros (MG) durante inauguração da terceira usina de biodiesel da Petrobras.
Lula afirmou também que outras medidas serão tomadas para estimular a economia brasileira, mas não deu detalhes.
"Vamos anunciar mais coisas para enfrentar a crise, porque nessa crise a gente não pode ficar parado", afirmou.
Lula voltou a dizer que o Brasil vai sair antes de outros países da crise financeira global e que, segundo ele, o país já dá sinais de recuperação na economia.
"A indústria automobilística já se recuperou, a da construção civil está se recuperando rapidamente", disse o presidente.
"Vamos tentar criar as condições para isso (acabar a crise) sempre torcendo para que a economia dê os primeiros sinais de recuperação e sempre trabalhando com a idéia de que o segundo trimestre será melhor do que o primeiro e o terceiro melhor do que o segundo, e que vamos chegar no final do ano com a situação normalizada", disse.
Ele justificou que para manter a roda da economia girando e garantir o consumo e o emprego o governo foi obrigado a tomar medidas de redução de alguns impostos, que por consequência diminuíram a receita das prefeituras.
"Se a prefeitura estiver mal e não puder fazer nenhuma obra a primeira coisa que vai acontecer é o corte de salários da prefeitura, a segunda vai ser piorar a educação e a terceira é que não vai ter obra", explicou.