16/08/2018 Correio do Povo
O candidato do MDB ao Palácio Piratini, o atual governador gaúcho José Ivo Sartori, declarou ontem, durante a realização da segunda sabatina na Rádio Guaíba/Correio do Povo, que postula a reeleição para dar prosseguimento ao projeto iniciado sob sua liderança a partir de 2015. “A gente não precisa mudar para fazer as coisas que precisam ser feitas. Espero uma campanha em alto nível, em que possamos discutir principalmente a questão das finanças. Nós temos plano. Queremos aderir ao Regime de Recuperação Fiscal da União, que é o caminho para que o RS tenha condições de recuperar sua capacidade de investir em saúde, segurança, educação, infraestrutura”, apontou. Ao longo da entrevista aos jornalistas Juremir Machado da Silva e Taline Oppitz, no Programa Esfera Pública, Sartori procurou destacar o que chama de esforço de sua gestão em ajustar o fluxo de receitas e despesas, a fim de reduzir o déficit calculado sobre o orçamento estadual. “Quando assumimos, havia projeção de déficit de R$ 25 bilhões ao final dos quatro anos da gestão. Com tudo o que foi feito, com controle dos gastos, algumas medidas impopulares, conseguimos eliminar dois terços desse desequilíbrio, chegando este ano à projeção de R$ 8 bilhões de déficit”, relatou o candidato.
Entre as medidas, Sartori citou a aprovação do aumento sobre as alíquotas do ICMS, em 2015. “Se não tivéssemos aprovado, os três anos seguintes teriam sido muito mais difíceis”, argumentou o emedebista. O governador confirmou que pretende pedir a prorrogação do aumento ao Legislativo, caso seja eleito. Questionado acerca de críticas que vem recebendo de adversários eleitorais oriundos de partidos que haviam sido aliados nos primeiros anos de sua administração, Sartori sustentou que a responsabilidade deve ser compartilhada entre as siglas que fizeram parte das proposições e decisões. “Não concordo que digam que faltou criatividade ao governo. O que fizemos foi colocar o dedo no que precisava ser feito. O Rio Grande não sairá da crise sem enfrentar isso. Quem participou do governo e teve a oportunidade de fazer e não fez deve ter cuidado ao fazer suas críticas. Tem gente que se acha muito esperta, muito ligeira. Se acham que é falta de criatividade, que me perdoem”, rebateu. Sartori também qualificou como demagógicas as promessas de adversários que falarem em pagamento de salários em dia e em redução de impostos. “Qual governador gostaria de atrasar salários?”, questionou.
O governador revelou, ainda, o motivo pelo qual demorou a aceitar concorrer. “Esperava mais apoio, mais cooperação e que os partido não pensassem tanto em interesses momentâneos e ocasionais. Quero dar continuidade ao projeto que iniciamos. Serei a mesmo de 2014, com a mesma postura, a mesma linha e o mesmo comportamento”, definiu.